quarta-feira, 29 de março de 2017

11 Irmãos Colling

Júlio José Colling, que era irmão do arcebispo Dom Cláudio Colling e filho de João Colling, foi proprietário de uma ferraria na localidade de Várzea do Pareci, no Pareci Novo. Casado com Regina Otília Marx, ele foi pai de 17 filhos, dos quais onze eram homens. A diferença de idade entre o filho mais velho e o mais novo era de quase 30 anos.

Como era comum naquela época, boa parte dos rapazes deixaram a sua terra natal buscando melhores oportunidades na vida. Em ocasiões especiais, eles voltavam ao Pareci para visitar os pais e, por iniciativa do pai, formaram um time de futebol do qual seu Júlio era o treinador. O time ficou conhecido como 11 Irmãos Colling. O time ficou famoso, merecendo reportagens em jornais e revistas do país e até do exterior.


Na foto acima, da esquerda para a direita, estão de pé o treinador Júlio e os atletas Egídio, Donato, Canísio, Círio, Edgar e Roque. Agachados: Atanásio, Ignácio, Anselmo, Lauro e Affonso.

O pai do time, Júlio José Colling foi um líder comunitário que, já pela década de 1940 defendia o asfaltamento da estrada entre Montenegro e o Caí (sonho que só veio a concretizar-se em 2010. Curiosamente, no dia do seu falecimento, 23 de agosto de 1960, Júlio José Colling teve a honra do comparecimento do vice-presidente da república João Golular ao seu velório. Jango que era, então, vice-presidente no governo de Jucelino Kubitschek, passava pela estrada de Montenegro ao Caí, em campanha pela sua reeleição, e parou para reverenciar o líder local.

Roque Colling, um dos 11 irmãos, teve importante participação na campanha pelo asfaltamento da estrada. Trabalhou para isso por mais de uma década e viu o seu sonho (e do seu pai) realizado no ano de 2010. Rafael Colling, filho de Roque, chegou a jogar no time da família. Foi ótimo jogador. Formado em jornalismo, ele trabalha atualmente na Rádio Gaúcha.

(texto reproduzido na íntegra do blog Histórias do Vale Caí, por Renato Klein)

Breve Histórico da Família Colling

Olá, pessoal! A seguir, transcreverei o trecho do livro 'A Família Colling no Brasil', onde o Pe. Oscar Colling relatou um pouco da história do casal que deu início à família no Brasil, Gregório Colling e Christina Bremm. Talvez muitos familiares não a conheçam, pois o livro já é relativamente antigo, datado de 1990. De qualquer forma, faço essa transcrição para que esse registro também exista na internet, e não apenas em via impressa. Aproveitem!

***

- BREVE HISTÓRICO DA FAMÍLIA COLLING -

Os relatos que apresento a seguir são fruto de pesquisas e entrevistas feitas, especialmente com netos de Gregório e Christina, alguns dos quais ainda conheceram o casal patriarca.

Christina e Gregório

- GREGÓRIO E CHRISTINA -

Gregório era homem de estatura média, magro, cabelos grisalhos, brancos e meio ralos. Informação não confirmada dizia ter mão defeituosa. Era homem de grande força muscular. Certo dia, ao ser removida uma viga-mestra, na construção de uma casa, pois ele era pedreiro e construtor, dois de seus filhos dos quais um era o José, não puderam carregar a viga. Então Gregório, dispensando a ajuda dos mesmos, carregou sozinho a peça. Era também agricultor.

Veio ao Brasil em 1853, com a idade de 20 anos, e aqui casou com Christina Bremm, no dia 4 de fevereiro de 1863, na igreja de Bom Princípio, que pertencia à paróquia de Triunfo. (...) Ainda continua envolto em incerteza o local onde Gregório foi morar logo após o casamento. Sabe-se que foi em São Salvador, que hoje se chama Tupandi. Mas onde? Parece que foi entre São Benedito e Arroio das Pedras, perto de Arroio Salvador. Lá nasceram todos os filhos, conforme consta das participações de falecimento dos mesmos.

"Gregório era um pai de família cem por cento!", é o depoimento de um neto.

Certo dia, um vizinho resolve avançar nas terras de Gregório, mudando ou avançando os marcos de divisa, o que muito o irritou, e fez mover um processo judicial contra o infrator. Cansado da encrenca, cuja solução nunca vinha, e tendo-lhe sido negada pela mulher a ajuda para custear as despesas do processo (parece que ela administrava o caixa do casal), resolveu vender a propriedade, adquirindo outra em Pareci Novo. Desistindo do litígio, também perdeu o direito na causa. Adquirindo o novo imóvel, com suas benfeitorias, preocupou-se em reformá-las antes de ir residir lá com sua família. Sendo ele mesmo pedreiro e construtor, foi durante várias semanas trabalhar nesta reforma, indo a pé de São Salvador a Pareci Novo, o que dá aproximadamente uns 20 km. Alguns amigos seus, tentando ajudá-lo, emprestaram-lhe um cavalo, para facilitar-lhe a locomoção. Ele vinha segundas-feiras de manhã cedo a Pareci, voltando sábados para casa. Pouco ajudou emprestarem-lhe o animal, pois, não sabendo manejar as rédeas, não conseguia dominá-lo, e o equino andava meio solto. Assim, Gregório levava mais tempo, horas a mais, para chegar a seu destino.

Vieram, então, morar em Pareci Novo, lugar, aprazível no interior do município de Montenegro. Ainda hoje é um distrito deste município (nota do autor: Pareci Novo se tornou município em 1992, dois anos após a publicação do livro), distante uns 12 km da sede, à margem direita do rio Caí, e cerca de 6 km da cidade de São Sebastião do Caí. Pareci Novo tornou-se célebre pela presença dos padres jesuítas, que lá construíram o noviciado de sua província meridional, atendendo ao mesmo tempo a comunidade católica local, pertencente à paróquia de Harmonia. O povo frequentava uma capela, situada ao lado do colégio dos padres, hoje demolida. Era esta a igreja frequentava pro Gregório e seus familiares.

Este nome 'Pareci Novo' ficará sempre como uma lembrança, uma grata recordação em nossos corações, porque lá repousam os sagrados restos mortais dos queridos e saudosos antepassados Gregório e Christina, bem como de outros filhos e netos seus, aguardando o Dia do Senhor, o chamado para a última e definitiva morada, na pátria celeste.

Lá residiram também os filhos Francisco Xavier, Maria e Nicolau, Pedro e José. Francisco e Maria descansam também neste cemitério. Nicolau residiu na casa paterna, sendo o arrimo de seus pais, até falecerem, indo morar a partir de 1925 na 'Estação Barro', hoje denominada Gaurama. A casa de Gregório ainda está de pé, bem conservada, e habitada pela família que a adquiriu de Nicolau. Conservam-se igualmente dois dos móveis da família de Gregório, a saber: a mesa da sala de jantar, e a cama do casal, verdadeiras relíquias.

Dos netos de Gregório, veio estabelecer-se em inícios do século o filho mais velho do João, chamado Júlio José, igualmente a viúva de Miguel Colling, sra. Maria Luísa Heck Colling, além de outros.

O distrito de Pareci Novo é conhecido pela excelente qualidade de suas frutas cítricas, produto principal de toda a região do vale do rio Caí, que chega a exportar para outros estados, até para o exterior.

A igreja matriz de Pareci Novo, (...), é obra espaçosa, suntuosa, verdadeiro orgulho da comunidade católica, erguida em tempo recorde.

Igreja Matriz São José, em Pareci Novo - RS, cuja construção se iniciou em 1934.

Os últimos anos de Gregório foram amargurados e sofridos por causa do litígio com o vizinho. Assim, ele se tornou uma pessoa triste, não gostava de crianças, não sabia atraí-las, pelo contrário, ele as repelia: "Geht mr. da weg!" (Saiam daqui!).

Entretanto, esta amargura certamente o aproximou mais de Deus. A lembrança que os netos conservam do avô é a do homem que rezava muito. Quando ele vinha a Harmonia, visitar o filho João, recordam os netos que o avô caminhava ao longo do muro da igreja, que ficava ao lado, rezando o terço. Era seu costume, andar sempre com o rosário na mão. Este depoimento do homem piedoso que rezava muito a Nossa Senhora, confere com o que diz a participação de seu falecimento.

Participação do Falecimento de Gregório Colling

A vovó Christina era de estatura alta, mais alta do que seu esposo, magra, cabelos castanhos. Era pessoa muito querida, afável, alegre, carinhosa; gostava muito de crianças, especialmente dos netos, a quem sabia agradar e atrair. "Nós gostávamos muito da vovó; quando ela vinha nos visitar, sempre tinha alguma coisa para as crianças: ou frutas ou balas!". Christina visitava seus filhos e netos com mais frequência do que Gregório. Quando vinham, era sempre a cavalo. Certamente a estas alturas já terá aprendido a manusear as rédeas! Nenhum dos dois aprendeu a falar o português, entretanto, sabiam escrever e ler corretamente, e possuíam um certo forte grau de cultura. Naquele tempo, o único idioma em uso na colônia alemã era naturalmente o alemão, e isto em parte pelo descaso do governo. Na escola, ensinava-se o alemão, o próprio professor era de nacionalidade alemã! O sermão do padre na igreja era em alemão. Apenas durantes as guerras mundias de 1914 e 1939, foi proibida a língua alemã nas igrejas e nas escolas.

Mas voltemos às visitas da vovó Christina: eram verdadeira festa para os netinhos que chegavam a quase arrancar-lhe a roupa do corpo, tal era a vibração por sua chegada e presença. Ela sabia realmente chegar ao coração dos netos, vibrar e brincar com eles. Outra virtude sua era a de participar dos trabalhos da casa onde chegava. Um neto Schallenberger conta: "Nós tínhamos um alambique, e quando a vovó vinha nos visitar, também nos acompanhava no trabalho, no corte da cana, que é um trabalho muito ingrato.". Outra neta relata: "Quando ela vinha nos visitar, sempre ajudava nos trabalhos da família. Tinha alegria especial em cuidar das galinhas. Lembro que certa vez ela usou uma expressão do dialeto alemão que para nós tinha outro sentido. Era a palavra 'hortig' ou 'hotig'. Ela disse: 'Mariche, geh mal hortig den Teller holen, ich hab'n vergess!' (Vai buscar já o prato, que eu esqueci). Mas, para nós, a palavra significava 'daqui a pouco' ou 'em breve', e não como ela entendia 'Já!'.". Outro neto relata o seguinte: "Nossa maior alegria aos domingos era visitar a vovó. Ela morava com o tio Nicolau. Íamos pelas três horas da tarde. Então nos ofereciam um 'baita café' (palavras textuais), e depois íamos brincar no potreiro com os primos, filhos do tio Nicolau.".

A vovó Christina ainda chegou a conhecer o neto Claúdio, futuro Arcebispo de Porto Alegre, pois ao falecer, o pequeno tinha onze meses e meio de idade. Conta a neta Maria Colling que a vovó, ao visitar a família do João, após o nascimento do Cláudio, ela o enfaixava todo, enrolando nos panos também as mãozinhas, de modo que ele não podia tirá-las, ficando imobilizado, parecendo uma múmia, um toco de vela. Era assim o costume da Alemanha, sua pátria, por causa do frio intenso. "Mas eu lhe soltava as mãozinhas, ao que vovó vinha reclamar: 'ach, wer hat mr. lau schon gmacht?' (Quem é que me fez isto?) 'Ja, das war das Lausding gwesen!' (Sim, foi esta arteira!).".

Segundo alguns depoimentos, e pela aparência da foto, Christina sofria de bócio (papo). Era excelente cantora, assim como a maioria de seus filhos. Nas últimas semanas de sua vida esteve acamada devido ao seu mal de estômago, do que veio a falecer. Terá sido úlcera? Ou câncer? Nada se sabe ao certo. Os restos mortais do casal descansam no cemitério católico de Pareci Novo - RS.

Participação do Falecimento de Christina Bremm Colling

Nós os descendentes de Gregório e Christina, louvamos e bendizemos ao Senhor pelo dom maravilhoso que foram e ainda continuam sendo para todos nós, com seu exemplo magnífico de fé, honradez, amor à família.

'Façamos, pois, o elogio dos homens ilustres, nossos antepassados, através das gerações.'  (Eclo, 44,1)

(Colling, Oscar João. A Família Colling no Brasil, Viamão, 1990, p. 18-22)

terça-feira, 28 de março de 2017

A busca por João Colling

Decidi começar minha busca reunindo o maior número de pistas possíveis sobre meu trisavó, João Colling, e sua esposa, Maria Hartmann. Como já citei no post anterior, acredito que as documentações pertencentes a eles serão as mais difíceis de serem conseguidas.

Família de João Colling e Maria Hartmann. O menor, ao centro, é Dom Cláudio Colling, e na frente, à direita, meu bisavô Aloísio Colling.


Sobre o local de nascimento, o livro 'A Família Colling no Brasil' deixa explícito que todos os filhos de Gregório e Christina nasceram no mesmo local, como citado:



'(Gregório) veio ao Brasil em 1853, com a idade de 20 anos, e aqui casou com Christina Bremm, no dia 04 de fevereiro de 1863, na igreja de Bom Princípio que pertencia à Paróquia de Triunfo. (...) Ainda continua envolto em incerteza o lugar onde Gregório foi morar logo após o casamento. Sabe-se que foi em São Salvador, que hoje se chama Tupandí. Mas onde? Parece que foi entre São Benedito e Arroio das Pedras, perto do Arroio Salvador. Lá nasceram todos os filhos, conforme consta das participações de falecimento dos mesmos.' (p. 18)



Assim, sabemos que o local de nascimento de João, oitavo filho de Gregório, ocorreu em Tupandí. Mas em que paróquia teria sido batizado? De acordo com as referências citadas acima, o local mais aproximado que encontrei foi o assinalado abaixo:





Este local, embora pertencente a Tupandi, está próximo a diversas localidades que podem ter sido a capela de batismo de João Colling, como visto na imagem abaixo. Tupandi, que na época se chamava São Salvador, Harmonia, onde posteriormente João construiu família, Bom Princípio, onde Gregório e Christina se casaram, sendo pertencente à paróquia de Triunfo, ou até mesmo em São Sebastião do Caí. Um fato interessante que descobri é que a fundação da atual igreja matriz de Bom Princípio data de 1871, dois anos antes do nascimento de João.





Sobre a Paróquia São João Nepomuceno, em Harmonia, encontrei as seguintes informações:


Paróquia São João Nepomuceno
A atual Igreja Matriz de Harmonia foi inaugurada em 14 de fevereiro de 
1954, mas sua história remonta o ano de 1873, quando a então vila de 
Harmonia ganhou uma capela de madeira. O santo escolhido pela 
comunidade foi São João Nepomuceno, mártir do sigilo da confissão, e a 
capela ganhou em 1883 uma imagem do santo vinda da Alemanha.
A paróquia só foi criada em 1887, pelo bispo de Porto Alegre Dom Cláudio 
José Gonçalves Ponce de Leão. E muitas informações a partir daí foram 
perdidas em um incêndio ocorrido em 1905, na casa paroquial. As chamas 
consumiram desde os documentos da criação da paróquia até os papéis da 
nomeação de seu primeiro pároco, que foi o padre José Langen.


Sobre o local de casamento, a informação é clara:



'João é o oitavo filho, nascido em 1873. Bem cedo aprendeu o ofício de ferreira, na ferraria do Sr. Felippe Loeff, na localidade de São Benedito, - não muito longe da casa paterna. Casou aos 8 de outubro, na igreja matriz de Harmonia, com Maria Hartmann, vindo a estabelecer-se com ferraria na vila de Harmonia, praticamente à sombra da igreja.' (p. 39)



Bem, aqui temos um problema. Como o casamento ocorreu em 1894, existe a chance de que esses dados tenham sido perdidos no incêncio ocorrido em 1905. Em compensação, pode ser que existam outros documentos que comprovem a união, visto que João Colling e Maria Hartmann Colling eram pais do antigo Arcebispo da Catedral Metropolitana, Dom Cláudio Colling. Porém, essa é uma resposta que precisarei aguardar o retorno do Arquivo da Cúria Metropolitana, com quem já entrei em contato.

Sobre sua morte, como já citado, ocorreu em São Leopoldo, porém o anúncio de Participação de Falecimento, datado de 14.02.1928, apresenta como local Harmonia, sob o nome de Johann Colling. Abaixo, uma imagem do documento com sua tradução (os documentos eram redigidos em alemão):






Enfim, este levantamento ainda está cheio de hipóteses e possíveis caminhos para os quais seguir. De início, como já disse, entrei em contato com a Cúria Metropolitana e também com o Pe. Oscar Colling, autor do livro anteriormente citado. Também fiz algumas perguntas a um membro da família que já conseguiu a dupla cidadania. No entanto, ele é do ramo 9, o que nos deixa apenas com Gregório em comum. De qualquer forma, ele pode me dar pistas sobre onde Jabob, irmão de João e ascendente dele, foi batizado. A chance de que seja no mesmo lugar é alta. Assim, a dificuldade realmente estará em encontrar a certidão de casamento, caso se comprove que os documentos se perderam no incêndio à capela de Harmonia. Se isso ocorreu, acredito que a solução será comprovar o matrimônio de João e Maria relacionando com algum documento de João Cláudio Colling, posteriormente Dom Cláudio Colling, Arcebispo da Catedral Metropolitana de Porto Alegre entre os anos de 1981 e 1991 (por coincidência, o exato local onde estamos procurando os documentos aqui citados), caso possível.



Por enquanto é isso. Voltaremos!

segunda-feira, 27 de março de 2017

Iniciando a busca

Olá, pessoal! Este blog foi criado para servir como diário de busca na obtenção da cidadania luxemburguesa, dado que meu ascendente mais distante a pisar no Brasil é oriundo daquele país. Vi alguns familiares discutindo o assunto no Facebook e, pelo que percebi, não é algo tão difícil assim de conseguir. Esse verdadeiro garimpo histórico exigirá um pouco de paciência, mas, na pior das hipóteses, servirá para que eu conheça mais a fundo a história de meus antepassados.



Felizmente, os dados disponíveis da minha família materna são bastante ricos, a ponto de existir um livro com uma árvore genealógica bastante completa, que servirá como principal guia para essa busca. O livro em questão é 'A Família Colling no Brasil', escrito em 1990, pelo Padre Oscar Colling. Além da árvore genealógica, o livro também conta de forma bastante detalhada a história dos primórdios da família Colling em terras brasileiras, apresentando diversas imagens e documentos da época. Abaixo, a imagem do livro, exibindo em sua capa os patriarcas da família, Gregório Colling e Christina Bremm. Gregório nasceu em Vianden, Luxemburgo, ao passo que Christina nasceu em Briedel, Alemanha. Adiante, discorrerei sobre diversos dados históricos relevantes para minha busca contidos na obra.






Com a obra em mãos, o primeiro passo foi desenhar minha árvore genealógica, fazendo um levantamento dos dados que tenho e a precisão dos mesmos. A saber: de acordo com os procedimentos necessários para a cidadania, preciso obter as Certidões de Nascimento, Casamento e Óbito do imigrante e de toda a linha de descendentes até mim. Cabe destacar que o serviço de registros civis só surgiu no Brasil em 1889, sendo que antes disso os registros eram de responsabilidade da igreja. Iniciando pelo meus tetravós Gregório e Christina, tenho os seguintes dados, estando circulado o meu trisavô, João Colling:






Acredito que os documentos referentes a Gregório serão relativamente fáceis de se obter, uma vez que é o ente em comum de todos os membros da família Colling que já obtiveram a cidadania luxemburguesa. Como já citado, Gregório nasceu em Vianden, Luxemburgo, casou-se em 1863, no município de Bom Princípio, e faleceu em 1909, estando sepultado em Pareci Novo. Em compensação, os dados de meu trisavô exigirão mais dedicação, já que não encontrei ninguém que tenha remontado os documentos daí em diante. Abaixo, as informações de João Colling, meu trisavô:






Sobre João Colling, sei que provavelmente tenha nascido na comunidade de São Salvador, atual município de Tupandi, entre São Benedito e Arroio das Pedras, próximo ao Arroio Salvador. De qualquer forma, nasceu em 1873, estando a Certidão de Nascimento provavelmente de posse da igreja. Para obter todos os documentos que talvez estejam com a igreja, entrei em contato com a Cúria da Catedral Metropolitana de Porto Alegre, onde pretendo fazer uma busca. Ainda consta no livro que João Colling fez sua vida na comunidade de São Benedito, atual Harmonia, onde casou-se em 1894 (registro também de posse da igreja) e está sepultado, quando faleceu em 1928. A Certidão de Óbito, no entanto, pode ter sido lavrada no município de São Leopoldo, já que foi lá que João faleceu.




Sobre Aloísio Colling, meu bisavô, sei que nasceu em Harmonia no ano de 1907. Sua data de casamento é ainda desconhecida, assim como o local, mas minha avó materna passou a informação de que isso tenha ocorrido em Montenegro ou São Sebastião do Caí. Para tentar encontrar a data e confirmar o local, vou entrar em contato com alguns dos vários filhos de Aloísio, muitos deles residentes em Caibaté, minha terra natal. Abaixo, os dados da família de Aloísio Colling, estando em destaque meu avô, Camilo Aloísio Colling:






Deste ponto em diante, acredito que não terei tantas dificuldades para obter os dados, já que meu avô materno sempre viveu em Mato Queimado, na época distrito de Caibaté (hoje é município). Nasceu em 34, casou-se em 59 e faleceu em 80, no município de Santa Maria. Mesmo assim, acredito que sua Certidão de Óbito esteja em Caibaté, o que confirmarei adiante. Finalmente, chegamos a minha mãe, nascida em 62 e casada em 84, no município de Caibaté.




Começa aqui minha busca! E todos os detalhes estarão disponíveis neste blog. Até mais, amigos!