Júlio José Colling, que era irmão do arcebispo Dom Cláudio Colling e filho de João Colling, foi proprietário de uma ferraria na localidade de Várzea do Pareci, no Pareci Novo. Casado com Regina Otília Marx, ele foi pai de 17 filhos, dos quais onze eram homens. A diferença de idade entre o filho mais velho e o mais novo era de quase 30 anos.
Como era comum naquela época, boa parte dos rapazes deixaram a sua terra natal buscando melhores oportunidades na vida. Em ocasiões especiais, eles voltavam ao Pareci para visitar os pais e, por iniciativa do pai, formaram um time de futebol do qual seu Júlio era o treinador. O time ficou conhecido como 11 Irmãos Colling. O time ficou famoso, merecendo reportagens em jornais e revistas do país e até do exterior.
Na foto acima, da esquerda para a direita, estão de pé o treinador Júlio e os atletas Egídio, Donato, Canísio, Círio, Edgar e Roque. Agachados: Atanásio, Ignácio, Anselmo, Lauro e Affonso.
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O pai do time, Júlio José Colling foi um líder comunitário que, já pela década de 1940 defendia o asfaltamento da estrada entre Montenegro e o Caí (sonho que só veio a concretizar-se em 2010. Curiosamente, no dia do seu falecimento, 23 de agosto de 1960, Júlio José Colling teve a honra do comparecimento do vice-presidente da república João Golular ao seu velório. Jango que era, então, vice-presidente no governo de Jucelino Kubitschek, passava pela estrada de Montenegro ao Caí, em campanha pela sua reeleição, e parou para reverenciar o líder local.
Roque Colling, um dos 11 irmãos, teve importante participação na campanha pelo asfaltamento da estrada. Trabalhou para isso por mais de uma década e viu o seu sonho (e do seu pai) realizado no ano de 2010. Rafael Colling, filho de Roque, chegou a jogar no time da família. Foi ótimo jogador. Formado em jornalismo, ele trabalha atualmente na Rádio Gaúcha.
(texto reproduzido na íntegra do blog Histórias do Vale Caí, por Renato Klein)
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