O próximo ramo que transcrevo é o de número 4, correspondente ao quarto filho de Gregório e Christina, José Colling. Este ramo, no entanto, não teve continuidade, visto que, dos dois filhos do casal, um seguiu a vida sacerdotal, e o mais jovem faleceu aos 9 meses. O primeiro filho, Cônego Alberto Colling, tornou-se arquivista da Cúria Metropolitana de Porto Alegre, a quem muito se deve pela conservação de diversos documentos relacionados à família, principalmente aqueles datados do século 19.
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- JOSÉ COLLING E MAGDALENA KUNRATH -
O tio José foi o único dos filhos de Gregório que cheguei a conhecer pessoalmente. Conforme depoimento de diversos sobrinhos, foi o mais alegre e jovial de todos os seus irmãos. Era de estatura alta, possuía um bigode bem grande. Foi padrinho de primeira missa de seu sobrinho Pe. Cláudio Colling, (posteriormente) Arcebispo.
José Colling, Magdalena Kunrath e o filho Côn. Alberto |
José residia primeiramente em Harmonia, no 'beco' dos Kunrath. Era pedreiro, construtor. Havia sido cogitado para mestre das obrass de construção da igreja matriz de Pareci Novo. Entretanto, alguém da família impediu que isto ocorresse, fato que o deixou muito magoado, sendo então a construção confiada a um construtor de nome Mallmann. Mora ele então no Pareci. Mais tarde, vendeu sua propriedade, indo morar com o filho padre, fazendo com a esposa as lides domésticas da casa paroquial, o que espiritualmente muito o gratificava. Não podendo mais atender ao serviço da casa paroquial, comprou uma pequena propriedade nos fundos da igreja de São Sebastião do Caí, onde viveu o resto de seus abençoados dias. Neste tempo, adotou uma filha, que foi o arrimo do casal em sua velhice.
Seu filho, Côn. Alberto, serviu por longo período como arquivista na Cúria Metropolitana de Porto Alegre, e graças a ele é que se conservaram muitos dos dados sobre a família Colling que hoje nos são tão valiosos.
O velho tio José era muito benquisto por todos, devido ao seu espírito alegre, otimista e jovial. Lembro-o vindo seguidamente a Harmonia, para visitar os parentes. Gostava muito de crianças, uma das qualidades que herdou de sua mãe. Segundo o depoimento de uma sobrinha, ele foi "Ein lieber gute Mann" (Um homem querido e bom). "Ele nos acostumou mal, pois nunca vinha à Missa de domingo sem chegar lá em casa. Então abraçava e beijava a cada criança, trazendo sempre balas para todos. Até já revisávamos os seus bolsos à procura das balas. Era o mais querido dos tios. Ao chegar, oferecia o rosto com uma expressão bem amiga: 'Noch' ein Schmunzchen!' (Mais um carinho, ou beijo!).
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