Olá amigos! Estamos de volta, agora com um breve relato sobre o sétimo ramo da família Colling, formado pelo casal Francisco Xavier Colling e Catharina Carolina Klein. Façam bom proveito!
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- FRANCISCO XAVIER COLLING E CATHARINA CAROLINA KLEIN -
Francisco Xavier é o 7º filho, nascido, como os demais, em São Salvador. Era homem alto, robusto, de temperamento calmo, quieto, de pouco conversa, mas extremamente religioso, caridoso, bom para com os pobres.
Depois de casar, foi estabelecer-se em Pareci Novo, no triângulo de acesso à vila, onde se encontra uma belíssima figueira. Quanto se sabe, a moradia havia sido construída por seu pai Gregório. Era uma casa ampla, de alvenaria, modelo enxaimel. Durante sua vida, exerceu diversas profissões, iniciando com a de ferreiro, em que se destacou por sua habilidade; a seguir, abriu uma bodega, que ampliou para venda, armazém de secos e molhados, sem deixar sua ferraria. Trabalhou também em pedreiras, iniciando na de propriedade do sr. Mendel e depois na dos padres jesuítas, donde foram extraídas as pedras para a construção da atual igreja matriz de Pareci Novo. Devido à sua religiosidade, isto ocasionou motivo especial de trabalhar em pedreira.
Sua esposa, Catharina Carolina, também muito religiosa, era de estatura robusta, caráter enérgico, amiga de todos, verdadeira heroína do lar para poder gerar e criar nada menos do que os 14 filhos, dos quais dois morreram em tenra idade.
O 'Franz', como era popularmente chamado, pertenceu por longo tempo à diretoria da comunidade católica, onde era tesoureiro, fazendo a coleta das missas dominicais, celebrada na capela semi-pública, junto ao noviciado dos padres jesuítas. O Franz era muito religioso, de missa diária! Esta sua piedade vem confirmada por dois fatos a serem registrados como dignos de nota. Como não perdia a missa, mesmo com chuva, frio e intempéries, a família reclamava do cuidado que devia ter com sua saúde. Pois bem, um dia, voltando de viagem feita a Porto Alegre, onde fora fazer compras, mostrou uma compra especial: um guarda-chuva bem grande, e sapatos de pau, dizendo: "Agora vocês podem estar bem tranquilos, estou prevenido contra o mau tempo e nada me impede de participar da missa!".
Ramo 7: descendentes de Francisco Xavier Colling e Catharina Carolina Klein |
O outro episódio é contado por sua filha religiosa. Quando estava em casa, antes de entrar para o convento, pediu ao pai que a acompanhasse na visita à sua irmã Lídia, casada com Jacó Schneider, residente em S. José do Maratá, município de Montenegro. Isto ocorreu por três vezes, mas com estas viagens perdeu sua missa diária, porque não havia oportunidade lá no interior. Pouco antes de morrer queixou-se de haver perdido estas 3 missas em sua vida, por culpa da filha!
Aos domingos, após cumprirem o dever da fé, gostavam de ir passear na casa do filho Alberto, residente no 'Beco dos Kunrath' em Harmonia, onde também morou por algum tempo seu mano José.
O Franz gostava de um jogo de carta, o famoso 'Schafkopf'; fazia-o por divertimento, mas nunca saiu de casa para jogar. Era com alguns amigos especiais que o fazia, entre os quais são lembrados especialmente os srs. Felippe Schmidt e Pedro Alflen, do 'Gazoseneck' (Beco da Gazosa).
Participação do Falecimento de Francisco Xavier Colling |
A causa de sua morte foi uma gripe muito forte que o acometeu, ele que já sofria de asma e bronquite, e que o prostou por cama na entrada do outono de 1937, por um mês inteiro, falecendo em sua residência no dia 1º de maio, sábado do sacerdote, e festa do padroeiro da comunidade. Sua esposa o antecedeu 10 anos na morte, falecendo a 11 de março de 1927, de hidropisia. Os restos mortais de ambos aguardam a ressureição no cemitério católico de Pareci Novo - RS.
(Colling, Oscar João. A Família Colling no Brasil, Viamão, 1990, p. 37-38)
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